Friday, September 28, 2007
Wednesday, September 19, 2007
Já não tenho idade para isto:
Monday, September 17, 2007
Prato do dia
Sunday, September 16, 2007
Friday, September 14, 2007
Thursday, September 13, 2007
Wednesday, September 12, 2007
O torpor
Hoje dói-me: da ponta do dedo do pé esquerdo á ponta do dedo do pé direito, circula pelas pernas e atinge os rins, a zona púbica ainda recatada, ainda sossegada, até ele me tocar.
As mãos, os braços, os ombros e o pescoço tenso, os neurónios empobrecidos, tanto que até me custa teclar, estou aqui prostrada sobre o teclado mas com uma clarividência quase divina, um segredo quase profano:
Nunca mais como merda, sabe mal e é altamente indigesta.
As mãos, os braços, os ombros e o pescoço tenso, os neurónios empobrecidos, tanto que até me custa teclar, estou aqui prostrada sobre o teclado mas com uma clarividência quase divina, um segredo quase profano:
Nunca mais como merda, sabe mal e é altamente indigesta.
Monday, September 10, 2007
Coisas simples
A minha avó paterna era uma pessoa cheia de sabedoria popular. Isto é o que a minha mãe, sua nora, me conta. Ela morreu quando eu tinha seis meses e parece que dela herdei o andar "andarilho", o formato do corpo (pernas á povoeira para mal dos meus pecados...) e os cabelos brancos que por incrível que pareça já começaram a aparecer em abundância.
Mas voltando às coisas simples aqui ficam uns ditos seus:
A uns parem-lhes as vacas a outros morrem-lhes os bois (referindo-se á prosperidade de alguns);
Lavadinho e passadinho a ferro está como novo ( referindo-se às pilas dos maridos quando poem os cornos às mulheres);
Parece que bebe azeite (quando alguém é inteligente);
Goela de pato (quando se come muito depressa);
Por detrás de uma serra há sempre outra ( para nunca se desanimar);
Palavra de rainha ( última palavra).
E por hoje é tudo!
Mas voltando às coisas simples aqui ficam uns ditos seus:
A uns parem-lhes as vacas a outros morrem-lhes os bois (referindo-se á prosperidade de alguns);
Lavadinho e passadinho a ferro está como novo ( referindo-se às pilas dos maridos quando poem os cornos às mulheres);
Parece que bebe azeite (quando alguém é inteligente);
Goela de pato (quando se come muito depressa);
Por detrás de uma serra há sempre outra ( para nunca se desanimar);
Palavra de rainha ( última palavra).
E por hoje é tudo!
Saturday, September 8, 2007
Ode aos maus poetas (imensos...)
Há mar e mar
Há ir e voltar
o que interessa mesmo
é na areia afinfar
Melhor que afinfar
só mesmo rimar
com lágrimas nos olhos
sem conseguir parar
Eu vi um sapo
com um guardanapo
escondeu-se bem fundo
bem lá no palato
Vi uma estrela
numa noite cinzenta
era apenas
uma águia sangrenta
Corri mundos,
Calcorrei caminhos
Andei no desnorte
sempre sem fundos
Os amigos ficaram
Os demais partiram
tirem-me deste chão
de vidros partidos
E assim se conta uma história,
sem nexo,
sem sexo,
sem vontade nem fúria provisória
E conseguia continuar
com merdas obtusas
Até me matar
Mas aqui fica
mais uma para a posteridade
nada melhor
melhor do que a maldade
Temos o caralho de uma poetisa não?
Lol, Lol (desculpem não paro de rir)
Há ir e voltar
o que interessa mesmo
é na areia afinfar
Melhor que afinfar
só mesmo rimar
com lágrimas nos olhos
sem conseguir parar
Eu vi um sapo
com um guardanapo
escondeu-se bem fundo
bem lá no palato
Vi uma estrela
numa noite cinzenta
era apenas
uma águia sangrenta
Corri mundos,
Calcorrei caminhos
Andei no desnorte
sempre sem fundos
Os amigos ficaram
Os demais partiram
tirem-me deste chão
de vidros partidos
E assim se conta uma história,
sem nexo,
sem sexo,
sem vontade nem fúria provisória
E conseguia continuar
com merdas obtusas
Até me matar
Mas aqui fica
mais uma para a posteridade
nada melhor
melhor do que a maldade
Temos o caralho de uma poetisa não?
Lol, Lol (desculpem não paro de rir)
Friday, September 7, 2007
Sei que não vou por aí!
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
José Régio
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
José Régio
Wednesday, September 5, 2007
Alguns pensamentos:
Estou a pensar seriamente deixar-me dos drinks e dedicar-me aos fumos.
Que vos parece?
Que vos parece?
Sunday, September 2, 2007
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