Friday, December 21, 2007

Natal: antigamente e agora

Agora estou cheia de pressa. Corri as lojas todas, comprei o bacalhau, fiz as compras para os outros que o Cristo das compras ces't moi meme todos os cabrões dos anos.
Ligo ao S:
- Já compraste as putas das prendas?
- Nada faz-me esse favor Joninhas (pois joninhas quando lhes convém)
- Quanto queres gastar?
- X
-Ok tchau
A história repete-se com a mãe, a sogra, o marido, omite-se as putas que não parece nada bem.

Centro comercial, fobia total, sacos a arrastar já pelo chão, avenida marechal gomes da costa trânsito interrompido, dois marados ao soco, carros com portas abertas, samaritanos a tentar separá-los, vá lá é Natal.
Lá me consigo safar.

Hoje é dia de limpezas, porque como há já 4 anos, o CABRÃO do Natal é em minha casa, a sogra entra discretamente passa os dedos pela mobília a ver se tem pó, olha para o centro de natal e diz aí que engraçado é moderno, leia-se mas que merda é esta? Não há nada a piscar?
Será que o vinho chega? Será que a comida chega? É melhor comprar mais. A vitela vai o Jorge buscá-la a Lafões e o cabrito também.
O Serviço está lavado, as pratas polidas, já só me faltam as rabanadas, aletria, formigos, bolos de bolina (abóbora menina), alguns queijos, e sonhos que é a mesma merda que os profiteroles mas fritos e isso faço como ninguém.
Estão a brincar comigo? Hum? quem serviu doces para os Portos de Honra da Câmara de Matosinhos quem foi hum? Não digo...

E agora o Natal antes, muito antes, antes de ser grande em idade não em altura que essa mantêm-se quase inalterável:
Não esqueço nunca, enfeitar a árvore, o cheiro da neve artificial, as luzes, fecharem a porta da sala à chave e dizerem-me espreita pelo buraco da fechadura vê se o Pai Natal já chegou, e como a imagem de um sonho real parecia envolta em estrelas cintilantes a minha primeira bicicleta, a felicidade partilhada com os meus primos e irmãos, eles tiveram uma pista de carros, tudo numa casa pequenina em Matosinhos daquelas térreas, onde a humidade coabitava com o amor tão grande de gente que já não está cá.

A única coisa que me resta do Natal desses tempos distantes e é o que mais me dá prazer, pequeno-almoço dia 25: café com leite, bolo-rei com queijo da serra, uma rabanada, uma fatia de aletria e está o dia passado.

PS: A todos que me visitam um bom Natal, que agora tenho de ir continuar com as limpezas...

Saturday, December 15, 2007

Trainspotting again

Choose life. Choose a job. Choose a career. Choose a family.
Choose a fucking big television, Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol and dental insurance. Choose fixed- interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends.
Choose leisure wear and matching luggage. Choose a three piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who you are on a Sunday morning.
Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit- crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth.
Choose rotting away at the end of it all, pishing you last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats you have spawned to replace yourself.
Choose your future. Choose life... But why would I want to do a thing like that?

Thursday, December 13, 2007

De puerto rico um blog cada vez melhor

"Una Pizzeria"
"Tengo la idea de haber pecado. Es solo una idea intima como el aire que respiro. Visite una pizzería que parecía sacada de una novela barata. Una de esas que permanece abierta todo el día. Es un paraje donde pernocta la “gente rota” de una ciudad… Somos el producto de nuestros vicios…y si no tenemos vicios; hay de nosotros…! ¿a caso existimos sin ellos!... La noche se diluyó como el alcohol… menguo como el licor de los bares y al final nada fue cierto. Tengo la inmensa certeza de haber perdido el tiempo en San Juan. Mire el largo mostrador de la pizzería y no halle entre las caras de aquella gente ningún presidente o ser digno de algún título o elogio cierto… Me sentí tranquilo entre sus anónimos desaciertos… La ciudad es una extraña manera de burlarse de los vicios y aquella pizzería es un templo a lo mediocre… La pizza allí es barata y muy buena…Volveré para buscarme siempre que pueda!"

Do meu amigo amilcar tão distante e tão próximo em http://elartededesaparecer.blogspot.com

Saturday, December 8, 2007

Memórias da Infância

Hoje lembrei-me de Setúbal, durante anos a fio passei lá as minhas férias.
Lembro-me da estalagem do Sr. Gama, mesas e cadeiras de ferro forjado torneadas. Tartes de amêndoa caseiras com um sabor inolvídavel, das tortas de azeitão, da gasosa bebida com uma palhinha directamente da garrafa.

Dos caminhos íngremes para o Portinho da Arrábida no meio de uma selva de arbustos mas com trilhos traçados, dos medronheiros que os meus irmãos insistiam em trepar e colher o fruto, das raposas que atravessavam a estrada durante a noite bem à frente do carro.

Da azáfama da Luisa Todi e suas circundantes, do comércio frenético.
A fabulosa mousse de chocolate e da tortilha de comer e chorar por mais do restaurante Quintal, da Restinguinha, do Escondidinho.
Dos búzios aos quais chamavam buzinas, das percebas às quais chamavam percebes, das sapateiras tipo esqueletos penduradas nas montras.

As alforrecas em Tróia, os golfinhos que acompanhavam os barcos e nos saudavam, ainda não eram espécies em extinção. A dança com o meu pai ao som dos Beatles no barco, as flores que ele me colocava na orelha, umas brancas outras rosa todas colhidas das arvores que abundavam nos cais.
Os caracóis, andar de gaivota e ver sapateiras a rabear, o azul da água. As ruínas romanas e os escaravelhos que teimavam subir as paredes.
A paisagem única de uma serra que se debruça sobre um estuário, os barquilhos de laranja.
Que saudades eu tenho de Setúbal, que saudades eu tenho de ser feliz...

Friday, December 7, 2007

Mais uma confissão

Porque me apetece. Nada como os apetites para se dizerem coisas obnóxias.
Hoje não falo em nome da Clara, hoje falo em meu nome de João (nome da gajo ainda que gaja com todos os tomates que as gajas tem).
Não consigo dormir, um charro, dois drunfos, um copo de vinho do Porto, esta é a minha vida. Ainda assim toda a gente pensa que eu ando sóbria e ando.
Faço as contas da mãe, do irmão, as minhas que são parcas, vejo o movimento das acções diáriamente, se fosse um objecto seria uma máquina registadora.
Controlo a minha recente profissão de operadora turística, falo francês, inglês e espanhol na medida dos possíveis, o melhor sempre. Sorriso aberto e cara lavada, por vezes com algumas remelas de quem não consegue dormir.
Levo a Tommy à escola, discuto com a educadora porque tenho a mania que sou exigente, pois sou demais talvez.
Ligo a música no carro e penso em ti, com o teu mar sem ondas, vazio, sem mim. Esqueço-te.
Dirijo mais duas pessoas difíceis de manobrar, mando mais um drunfo, ninguém nota e senão o meu coração explode, faço contas outra vez, pagar, receber, o Natal à porta, doze pessoas para comer.Gosto de negócios sem rede como em tudo na vida, arrisco, salto.
Vou buscá-la à escola invento o jantar, dou-lhe banho, passo a ferro, limpo cagadela aqui, cagadela ali, coisas para as quais não fui fadada.
Mas muito sinceramente sei que vou rebentar em breve e que Deus os ajude aqueles que contam comigo, que pensam que eu sou o pilar da família.
Não sei se o consigo mais, não sei se o quero mais, não passo de uma perfeita anormal cansada e moribunda.

Thursday, November 29, 2007

Epitáfio

Não quero lamentos, frases do género sempre no meu coração, nunca nos esqueceremos de ti, com todo o meu amor.
Em vez disso e porque não sei qual o tempo que me reserva esta escrita, se voltarei ou quando, se ainda vale a pena, se o cansaço me tolhe os sentidos desgastados, acabrunhados, se a vida que enfrento de hoje para a frente me vai permitir voltar e porque gosto de vocês incondicionalmente, reparo algumas injustiças.
Gente que me linkou e que por preguiça nunca lhes devolvi a amabilidade, gente que mandou bitaites, gente que me dá gozo para além dos que constam da minha lista.
Aqui vai:

Categoria Os mordazes
o Cu ocudomundo.blogspot.com/
O comandante da naviarra http://capitao-merda.blogspot.com/

Verdades escritas de forma que me enchem a alma:
http://zedocao.blogspot.com/
http://cartassemvalor.blogspot.com/

Gente que linkou este meu blog de merda sem nunca o ter dito:
http://segredos-da-lua.blogspot.com/
http://ruifpinto.blogspot.com/

Um doce de uma miúda:
http://ruanita1.blogspot.com/

A minha sempre amiga Gasolina, que sabe-se lá porquê não lhe encontro agora o link para o seu novo blog.

O xonas do bigmac http://bigmacportugal.blogspot.com/ que virou fotojornalista quando maneja as palavras como tremoços, sem tirar a casca.

Uma pessoa especial dos Estados Unidos, Mountain View California que penso nunca me ter dito palavra com pena minha mas que me intriga e insiste em voltar a este tasco lamaçento repleto de fel.
E o Inspector Varejeira, um dos primeiros a comentar um tipo que sempre foi "impec", aonde andas moina?

Atenção isto não é uma despedida apenas um abraço dos grandes, sentidos, daqueles que esperamos manter.

Um abraço até daqui a 10, 15, 20 dias, não quero fechar, tenho tanto mas tanto para dizer...

Wednesday, November 14, 2007

A passo de caracol (Ou será paço?)

Hoje enquanto metia gasolina na bomba da cepsa em Lavra City, ouço esta conversa de duas malucas que estavam ao meu lado:
- Isto nun dá.
- Nun dá? Nun pode ser?
- Já te disse que nun dá.
- Atão se nun dá prantos bou lá dentro.

Sigo para o Ikea como desocupada que sou. Compro 68 enfeites de natal lilás por 9.99 Euros e sinto-me logo melhor, meia dúzia de telefonemas recebidos, os bochechos do costume.

Chego a casa e quando vou lavar as mãos deparo-me com uma aranha pequena a subir o lavatório. Fico na dúvida, afogo-a ou não, lembro-me do Serge que diz que todos os insectos são a reencarnação de uma alma humana, lembro-me que ela acabará por crescer, afogo-a sem dó nem piedade.
Resumindo e concluindo que se foda a alma, venham mais enfeites de Natal.

Tuesday, November 6, 2007

A desilusão

A paixão é uma brincadeira de miúdos.
A face vermelha, o desejo, o sonho, a fantasia , o querer demoníaco, tudo se desvanece ao minimo toque, arrufo.
Quem é que nos ama de verdade? nos protege? quem quer saber de nós? de mim? quem me ampara as quedas?
Tudo menos a paixão.
Estranho é ver agora as coisas tão claramente, sem remorsos, sem culpas, sem amor.
Até sempre, até nunca, já não me fazes tremer...

Monday, November 5, 2007

5 de Novembro por falar em dias

Este foi o dia :A Clara levantou-se tarde como habitual, ligou ao cliente e disse que iria chegar mais tarde em vez das 10 chegou ás 11, gracejou com a telefonista a dizer que eles já estavam habituados.
A Clara na reunião levou nas orelhas, comunicou que só estaria disponível até ao fim de Dezembro, sem querer deixou uma lágrima correr pela face, retorquiu: - Ao ponto que uma pessoa chega.
O cliente (o primeiro da sua empresa) disse-lhe: - quer ir apanhar ar? Fumar um cigarro?
E a Clara respondeu: Sim quer um cigarro polaco? Esboçou um sorriso, são baratissimos.
E a lágrima fez-se riso e odiou-se nesse momento.
As mulheres não choram nunca e a Clara papa qualquer um. A lágrima foi o presságio da morte anunciada, no cliente ainda configurou dois mails deu beijos às meninas e apertos de mão firmes como convém aos homens, veio todo o caminho cega, aguentou as filas da vci e A28, comeu um bife com batatas. Respondeu a mails dos seus clientes ingleses sempre com o fecho Wish you all the best quase uma despedida.
Foi buscar a tommy, aguentou a treta que é ser mãe e agora durante um estufado de frango com puré vem dizer-vos isto: mais um dia nos dias da Clara.

Mais um dia depois de outro

A Clara está fodida, por nada em especial, está fodida porque lhe apetece porque começa a ser um estado prós-pré qualquer merda um estado neo-pós pilices.
A vontade é dolce faire niente (lol nem sei se é assim que se escreve) e quando estamos assim mais vale mesmo ficar. Ficar calada, boquinha fechada, pouco barulho, apenas um múrmurio esganado como a minha própria voz de cana rachada.
E mais não digo para já, apenas beijos, beijos doces para quem os quiser agarrar e para vocês que tanto o merecem.

Wednesday, October 24, 2007

A história da Clara I

Para desanuviar conto-vos a vida da Clara.

A Clara tem a filha com varicela, há semana e meia, mais precisamente há 10 dias que não sai há rua. A Clara faz compras no continente on-line porque literalmente está de quarentena e não tem o que comer, nem o que dar de comer à sua filha.

Ela remoe-se a pensar porquê que o Jorge parte para a Polska no preciso dia em que a miúda fica doente. Fica verde de inveja por saber que um gajo com pouco mais do que a quarta classe, farta-se de viajar enquanto ela ( pessoa devidamente certificada e educada) virou mãe a tempo inteiro, uma autêntica fadinha do lar. O seu único prazer e também desgosto é saber que ele por muito que viaje continua um tipo pobre de espiríto, embrutecido como sempre o foi.

A Clara conseguiu a proeza de destruir 4 computadores em 3 semanas e todo o seu trabalho que diga-se de passagem é pouco está completamente comprometido, ela não se importa, quer seguir outros caminhos ainda que não saiba quais, por isso agora senta-se sobre o chão frio do soalho e com uma ligação directa a um router manhoso faz apenas o que é indispensável, responde a alguns mails safa algumas situações mais obnóxias, escreve de vez em quando num blogue sem sentido, diz coisas que não quer, mas que sente necessidade de as dizer.

A Clara sente falta do cheiro do Tejo, dos Cacilheiros, da luz demasiado branca de Lisboa, dos amigos e dos sorrisos, das pessoas inteligentes, das ginjas de Santo Antão e dos devaneios no bairro alto, de olhar a outra margem bem de noite no antigo miradouro de Almada, parece que agora é um restaurante de luxo, das calçadas, dos passos, dela.

A Clara está só e triste, mas sobre ela falar-vos-ei ainda mais.

Friday, October 19, 2007

Já não há pressa

E porque não há muito mais a dizer:
A corrida do tempo, a corrida do mar agitado em caminhos desfeitos de água.
Hoje como em tantos outros dias não corro, abrando o passo, desvio-o, meto-me por atalhos (todos que me levam onde não quero ir).
Estou de quarentena, quatro paredes bloqueadas pelos dedos da mágoa.
Quem pensa que me conhece não sabe quem eu sou. Seria capaz de tudo, partir o mundo, gritar dar um tiro na puta da tola porque a loucura está no abismo do costume, mais acima um bom bocado, incontrolada, irascível, possessa, com o sabor amargo de todos que me querem ver cair, inclusivé eu. Cair de braços abertos, cansados, cair sem alternativa, despojada dos sentidos, respirar fundo uma última vez como se respirasse a pouca vida que há em mim.
Sossegar silenciosa e perdidamente, dormitar enroscada em lençois perfumados, eu apenas.
Ainda existo, esta é a minha hora.

Thursday, October 11, 2007

Maus tratos

Fodi a máquina, leia-se portátil.
Ainda lhe faltam 45 horas para recuperar o resto dos ficheiros e não são todos (valha-me o linux), por isso venho aqui de fugida apenas para vos dar um beijo molhado de lágrimas.
Quem me mandou espetar-lhe dois socos em cima? Hum?
Ninguém, eu sei.
Stay focus...
Pois...

Thursday, October 4, 2007

Carta devolvida

São 23:39, um pouco tarde para ti, demasiado tarde para mim. Passei dias e dias a encher chouriços numa base de dados, estás a ver? afinal o meu trabalho não é assim tão "top notch" quanto pensas, nem eu sou a gaja tão futurista que imaginas.

Anda aqui uma puta duma traça do tamanho de um dedo, puta porque deste tamanho só pode ser puta mesma.

Eu, que espero não ser puta ( só de vez em quando) ando com um pano de cozinha a ver se a apanho mas ela luta, luta de tal ordem que acho melhor deixá-la andar, comer-me a pouca roupa desgastada do meu armário ou possivelmente ser comida por um morcego, desses que abundam por aqui assustadores, sabes que eu nunca gostei de bicharada.

Acordei contigo hoje, estavas em cima de mim, abre os olhos, olha para mim, e eu olhava e sorria, tens umas feições bem definidas inequívocas, levantei-me com a disposição de tudo menos de trabalhar, agarrei o telefone mas não te liguei, sou uma gaja de bem sabias?
É verdade, por incrível que pareça, faço os possíveis por o ser, recatada, uma puta (agora sim porque me sinto grande como a puta da traça) de uma puritana.

Tenho saudades dos teus abraços, dos teus olhos, do nosso respeito, da tua pele, de tomarmos banho juntos, das tuas carícias.
Tenho saudades de tudo.

23:50 vou adormecer a pensar em ti.
Estou doce, doce como o mel parece impossível, não achas?

Hoje estou triste...

O amor não me assiste.
Já não tenho 20, nem 25 , tenho 33 anos e uma filha.
Nunca me senti tão bem, uma mulher completa, não papo grupos, e fodo como uma leoa, como as gajas de 30 o sabem fazer.
Não sou um trapo, sou um traço.
E tu, o tempo que perdes com merdas de cáca, não sabes o que perdes, perdes-me a mim aos poucos e poucos.
E eu tão desperta, tão ávida, tão sedenta de amor.
Que desperdício...

Friday, September 28, 2007

Dia 26 de Setembro

Milagre de Fátima e Benção ao Benfica.

Já acordei!

Isto é que foi dormir...Deixem-me lá espreguiçar, bocejar, ai que soneira...

Wednesday, September 19, 2007

Já não tenho idade para isto:


48 horas sem dormir, por isso lavar os dentes, chichi e cama.
Amanhã volto (espero eu) para vos contar mais histórias...

Monday, September 17, 2007

Prato do dia


Hoje vou querer uma foda simples, mal passada, acompanhada de alface, tomate e cebola.

Quanto aos molhos bastam os nossos.

Sunday, September 16, 2007

Friday, September 14, 2007

Wednesday, September 12, 2007

O torpor

Hoje dói-me: da ponta do dedo do pé esquerdo á ponta do dedo do pé direito, circula pelas pernas e atinge os rins, a zona púbica ainda recatada, ainda sossegada, até ele me tocar.
As mãos, os braços, os ombros e o pescoço tenso, os neurónios empobrecidos, tanto que até me custa teclar, estou aqui prostrada sobre o teclado mas com uma clarividência quase divina, um segredo quase profano:
Nunca mais como merda, sabe mal e é altamente indigesta.

Monday, September 10, 2007

Them (with Van Morrison) Baby please don´t go

Esta é para a minha amiga gasolina:

Coisas simples

A minha avó paterna era uma pessoa cheia de sabedoria popular. Isto é o que a minha mãe, sua nora, me conta. Ela morreu quando eu tinha seis meses e parece que dela herdei o andar "andarilho", o formato do corpo (pernas á povoeira para mal dos meus pecados...) e os cabelos brancos que por incrível que pareça já começaram a aparecer em abundância.

Mas voltando às coisas simples aqui ficam uns ditos seus:

A uns parem-lhes as vacas a outros morrem-lhes os bois (referindo-se á prosperidade de alguns);

Lavadinho e passadinho a ferro está como novo ( referindo-se às pilas dos maridos quando poem os cornos às mulheres);

Parece que bebe azeite (quando alguém é inteligente);

Goela de pato (quando se come muito depressa);

Por detrás de uma serra há sempre outra ( para nunca se desanimar);

Palavra de rainha ( última palavra).

E por hoje é tudo!

Saturday, September 8, 2007

Ode aos maus poetas (imensos...)

Há mar e mar
Há ir e voltar
o que interessa mesmo
é na areia afinfar

Melhor que afinfar
só mesmo rimar
com lágrimas nos olhos
sem conseguir parar

Eu vi um sapo
com um guardanapo
escondeu-se bem fundo
bem lá no palato

Vi uma estrela
numa noite cinzenta
era apenas
uma águia sangrenta

Corri mundos,
Calcorrei caminhos
Andei no desnorte
sempre sem fundos

Os amigos ficaram
Os demais partiram
tirem-me deste chão
de vidros partidos

E assim se conta uma história,
sem nexo,
sem sexo,
sem vontade nem fúria provisória

E conseguia continuar
com merdas obtusas
Até me matar

Mas aqui fica
mais uma para a posteridade
nada melhor
melhor do que a maldade


Temos o caralho de uma poetisa não?
Lol, Lol (desculpem não paro de rir)

Friday, September 7, 2007

Sei que não vou por aí!

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

José Régio

Wednesday, September 5, 2007

Alguns pensamentos:

Estou a pensar seriamente deixar-me dos drinks e dedicar-me aos fumos.
Que vos parece?

Sunday, September 2, 2007

Smoke On: FotoReportagem

A multidão aguarda impacientemente:




O início: descida sobre uma plataforma de um paraquedista tuga


Of they go!












Os malabaristas franceses:






Para o ano há mais (espero que com uma máquina fotográfica melhor...)

Friday, August 31, 2007

Red Bull dá-te asas!


Amanhã vou estar aqui, eu e mais 600 mil camelos iguais a mim.
Desejem-me boa sorte para não levar com uma avioneta na corneta.


Thursday, August 30, 2007

Merry-go-round


People é como a minha vida tem andado para quem não sabe inglês aqui vai: um carrossel, nem tempo há para uma única foda nem das grandes nem das pequenas nem tão pouco um saudável roço (que vida mais entediante)...

Obrigado às Momentos e Gas por mais prémios e coisas doces que só elas sabem dar.

Volto mais logo.

Monday, August 20, 2007

O que os homens querem

Vou tentar ser o mais soft possível, minhas amigas o que os homens querem é:
Maminhas,
Pombinhas
e Rabinhos

Foi soft ou não foi? Hum? Hum?

Estou parca em palavras se fosse hardcore diria: o que os homens querem é mamas, conas e cus.

Escolham o que melhor vos aprouver...

Eu!

Directamente da Gas, para o meu tasco:

Eu quero... ser imensamente feliz
Eu tenho... muito pouco, résteas, sobras, família que me adora, meia dúzia de amigos dos bons.
Eu acho... que sei tudo
Eu odeio... gente burra e mal-educada
Eu sinto... pressinto vá-se lá saber
Eu escuto... a minha consciência
Eu cheiro... farejo como um cão treinado
Eu imploro... pela paz que sei nunca ter
Eu procuro... o que me falta
Eu arrependo-me... nunca
Eu amo... a vida
Eu sinto dor... frequentemente
Eu sinto falta... do Nuno
Eu importo-me... com tudo
Eu sempre... me imponho
Eu não fico...ressabiada
Eu acredito... em nada
Eu danço... quando me dá na gana
Eu canto... a todas as horas, a todos os minutos, adoro cantar
Eu choro... frequentemente mas não deixo que ninguém o veja
Eu falho... todos os dias
Eu luto... sempre até morrer
Eu escrevo... mal e porcamente
Eu ganho... o quê?
Eu perco... Perder? Não conheço a palavra...
Eu nunca... Fiz o que queria (mentira lol)
Eu confundo-me... contigo
Eu estou... Eu sou
Eu fico feliz... quando fecho um projecto
Eu tenho esperança... não sei o que isso seja
Eu preciso... de modéstia
Eu devería... acreditar em mim.

Thursday, August 16, 2007

Dia das macaquices


Um, dois, três macaquinho chinês!

Wednesday, August 15, 2007

Humanos - Quero é viver

Não me apetece escrever hoje, tempo para um tempo musical:

Tuesday, August 14, 2007

O mergulho!




Sei que vou morrer cedo, aos quarenta e poucos com sorte. O meu caminho é cada vez mais solitário ainda que não seja novo, sempre foi o que foi, eu de cabelos ao vento, em estradas calcorreadas, batidas, gastas de tanto desalento e só.
Este foi o atalho que escolhi.
Ainda gaiata costumava dizer que desconfiava das pessoas porque mais dia menos dia elas iriam desiludir-me, agora dá-me vontade de rir porque no fundo sou eu, só e apenas, a cabra da desilusão.
Trinta e três anos e passo os dias a sonhar sonhos inatingíveis, esta é a minha vida, sapato raso e roto, sardas, sorriso de orelha a orelha, engano qualquer um, sou cá um prato, pareço uma miúda com as minhas piadas despropositadas, puro engano, não passo de uma dissimulada como manda a lei da sapatilha: assim somos.
Carrego um fardo por demais pesado, escondido.
E tu, continuas a segurar as minhas consequentes quedas, vez após vez, levantas-me com esse ar sombrio, com as poucas palavras que eu sei o que significam, se fosse a ti mandava-me foder.
Não concebo o teu amor porque nunca te pude retribuir, casamos por um capricho como tantos que já tive e não te mereço.
Não passo de um peso morto, um fardo que se carrega e nada fácil de o fazer.
Se me deixasses ficaria feliz por ti, porque eu, eu não passo de um bandalho sem coração, despojada de amor, de afecto, de esperança. Sou fútil, arrasto-me pelos cantos porque não consigo, não quero, não mereço mais.
Tenho saudades das breves felicidades da minha infância ( dessas falar-vos-ei mais tarde) sou uma velha de alma e coração.
Deixem-me já.

A Tampa do iogurte

Hoje ao abrir a tampa de mais um danone para a Tommy saiu-me esta:
Amo-te
de trás para a frente.

Acrescento:
Da frente para trás,
amo-te incondicionalmente
e nunca o saberás.

Irra que até rimei... acho que vou vomitar, volto dentro de momentos após um curto intervalo e mais um danone.

Saturday, August 11, 2007

Foda às claras!

Sporting 1 : Porto 0

Puta que os pariu, cabrões, filhos da puta....
Ufa nada como uns palavrões para me sentir melhor.

Friday, August 10, 2007

5 minutos por dia

Todos os dias, 5 minutos, o tempo necessário para lembrar e esquecer-me de ti.

Desencantei isto da minha bolorenta estante. Já lá está há seguramente 16 ou 17 anos, oferenda de um antigo namorado, fotocópias encadernadas em cartolina preta, meia dúzia de versos agrafados sem títulos apenas isto:

"Na primeira noite,
e antes, depois,
a boca te beijei
tremendo.

Não de receio
por tocar-te.
Tremendo
por perder-te."

Página 40 do Livro O Lugar do Amor e Décima Aurora
Autor: António Osório

Thursday, August 9, 2007

Saturday, August 4, 2007

Hoje estou com os azeites:

e por isso não há posts para ninguém...

O degelo

Para as pessoas do Norte do país faz muito calor (leia-se para mim).
O gelo da amarguinha já derreteu todo (leia-se bebida moura).
A rega do vizinho liga-se todos os santos dias da semana (leiam-se sete) às 0 horas e parece um esguicho de pila mole. A nossa rega dispara todos os dias do mês (leiam-se 30 ou 31 consoante os meses) às 0:15 e parece o chafariz de uma pila dura.

Qem tem a melhor pila, quem é?
Eu. Que nem pila tenho.
Torno a dizer: está uma brasa do caralhómetro.
Vou tentar dormir que o calor comeu-me o cérebro, não digo nada de jeito.

Friday, August 3, 2007

MOMENTO MUSICAL

Como não estou para mais e inspirada pela quantidade de emigrantes que assaltaram o nosso país aqui vai:

Voltei voltei,
voltei de lá,
ainda ontem estava em França
e agora já estou cá.
Vale mais um mês aqui do que o ano inteiro lá.

Autor não sei o nome...

Está cá uma brasa do caralhão!

Ufaaaaaaaaaaaaaaaaaa...

Mais uma corrida mais uma viagem. Apostem senhoras e senhores, o prémio: um fantástico trem de cozinha em prata chapada alemã.

Já cheguei, se é que se nota, cansada mas animadíssima, et voilá, patati patatoi.

Já vos conto histórias( sou incapaz de escrever estórias) do arco da velha assim como eu, velha e arco mais para o obeso, menos para o palito.

A seguir uma cigarrada e um momento musical.

Thursday, July 26, 2007

As verdades

A verdade verdadinha é que quando não estás cá, a casa parece vazia. E eu a pensar que te odiava tanto quanto tu a mim. Parece-me que o nosso ódio não passa de amor desgastado, vingativo, dilacerante, eu inquieta sem conseguir dormir, tu com uma voz distante, seca, triste a dizer: Leva-me para casa.
Somos mesmo tutti-frutti da tola não achas?
Eu meia xoné, sim, sim(xoné é o termo próprio) a decidir as merdas, a minha prima ligou a dizer que após seis anos chega sexta-feira para nos visitar, o holandês que chega no sábado de manhã, eu com espaço mas sem mobílias, eu a correr as lojas e com ataques de pânico escondidos nas casas de banho, tenho de arranjar um saco de papel para trazer comigo.

Tu em acrobacias fatigantes e vejo-te como se fosse ontem em cima das máquinas com o teu fato macaco e apetece-me dizer: Vem para casa meu olho de gato.
Porque tu tens olho de gato, ora cinzento, ora verde, nesta altura verde sem dúvida, espelho reflector do sol. E tu e o teu cabelo louro, e tu e as tuas poucas palavras, que no fundo não interessam para nada, mesmo calado prefiro-te aqui, tipo sombra, fantasma que me toca raramente e ao de leve, porque és meu e a verdade verdadinha acho que te amo, como sei que me amas a mim.
Nunca me hei-de perdoar e tu?

Wednesday, July 25, 2007

E agora? Parte II

Como o pessoal se queixou que o arroz de polvo e filetes do mesmo se estragaram, resolvi deitar fora e fazer outros.
Por volta das 5 da manhã volto com as notícias sobre os principais mercados financeiros.
Agora tenho de ir dormir que amanhã às 10 vou para a praia.
Vida difícil.

Sete Factos Casuais

2:38 da matina e como de sono nada e como a Gas me lançou mais um desafio e como nunca digo que não, apresento aqui 7 factos casuais que mudaram a minha vida:

1- Ter crescido com dois irmão mais velhos, meio caminho andado para me tornar uma Maria-Rapaz assumida;
2- Durante a minha adolescência a família ter perdido tudo, nada pior do que ter tido tudo e no dia seguinte nada;
3- A morte do meu irmão mais velho, ainda assim mantemos as nossas conversas;
4- Ter ficado sem pai, há mais de 18 anos que não o vejo, ufa que alívio;
5- Ter andado perdida durante muitos anos, encontrei o caminho aí à uns dez anos, se bem que ainda me vou perdendo de vez em quando;
6- O nascimento da Tommy, assim que a puseram do meu lado eu olhei para ela e disse e agora o que é que eu faço?
7- Passar de mulher independente para mulher agrilhoada.

Agora é que eu vi, porra que a minha vida não tem sido nada fácil.

Estado da nação.

Fonte: Lusa

Reparem bem nesta imagem durante o debate do Estado da Nação, ora vejam lá estes olharzinhos matreiros, e estes sorrisitos malandros hum?
Agora imaginem o que eles estavam a pensar...

Mais nomeações!

Das minhas queridas Gasolina e Momentos, uma ofertou-me um selo, outra uma banana, por isso aqui vai:


+

Ok já percebi, quando pensar que não tenho mais amigos é porque me esqueci da banana....
Ai meninas, meninas.

Thursday, July 19, 2007

E agora?

Tempo de fazer o jantar: arroz de polvo com filetes do mesmo, odeio....

E tu disseste:

Cala-te e faz-me um broche como só tu o sabes fazer.
Pus-me de joelhos e fiz-te, como tu gostas.

Desde quando o teu amor se tornou em ódio vísceral?
Sim, não o digas que eu sei...

Perdoem-me gente boa

Ainda não tive coragem para ir buscar os selos, a banana e os links.
Lá chegará o tempo, hoje não consigo.

A Strange Kind of Love Peter Murphy



A strange kind of love
A strange kind of feeling
Swims through your eyes
And like the doors
To a wide vast dominion
They open to your prize
This is no terror ground
Or place for the rage
No broken hearts
White wash lies
Just a taste for the truth
Perfect taste choice and meaning
A look into your eyes

Blind to the gemstone alone
A smile from a frown circles round
Should he stay or should he go
Let him shout a rage so strong
A rage that knows no right or wrong
And take a little piece of you

There is no middle ground
Or that's how it seems
For us to walk or to take
Instead we tumble down
Either side left or right
To love or to hate

Recipe For Happiness Khaborovsk Or Anyplace

Tenho a voz embargada e como não ouso escrever uma só palavra transcrevo este poema:

One grand boulevard with treeswith
one grand cafe in sun
with strong black coffee in very small cups.
One not necessarily very beautiful
man or woman who loves you.
One fine day.

Lawrence Ferlinghetti

Tuesday, July 17, 2007

Se fosse gelado

Encontrei este teste da rádio comercial no blog http://meiadeleitemorna.blogspot.com/ e como estou assim sem grande vontade de coisa alguma decidi fazê-lo.
Porra que me saiu esta merda:



Só podia ser um cabrão de um limão....

PS: Quem tiver pachorra para fazer estas merdas basta clicar na imagem.

Monday, July 16, 2007

Aviso aos bloggers

Quem viu ontem o Pacheco Pereira na televisão por causa das intercalares em Lisboa, sabe ao que me refiro. Quem passa das 7 da manhã às 11 da noite a "postar" no seu blog não tem tempo de cortar a gaduncha*, nem de aparar a barba.
Viram a dele ontem?
Não queiram ser os maiores bloggers portugueses senão ficam com aquele aspecto de Pacheco Pereira pseudo-intelectual.
Get a fucking life!

*gaduncha= cabelo

Coffee Break

Oficialmente estou de férias. Tirei quinze dias para trabalhar, vá lá é verdade, não se riam, tirei férias do meu metier para me dedicar a outro pelo qual me apaixonei. Isto é assim, sou a gaja dos sete instrumentos, mas do que eu gosto mesmo é de pífaro e sobre isto haveria muito para dizer. Pífaros grandes, pequenos, em fase de crescimento, ou já maduros....
Mas fiquemos por aqui, o que interessa mesmo é o som e a caixa....

Sunday, July 15, 2007

Acabou!

Há já quanto tempo? Sete meses? Mais pêlo menos pêlo mas o que é certo é que ainda hoje de madrugada acordei a pensar em ti. Em Janeiro liguei-te e disse: não dá mais. Tu disseste: Não te preocupes em Agosto já nem te lembras de mim.
Faltam 15 dias para Agosto e continuo a gostar de ti da mesma forma obnóxia, intensa, puta de paixão como nunca, paixão assolapada, proibida. Rir-te-ias se alguma vez o confessasse coisa que nunca o hei-de fazer, já sabes como sou.
Acordei com os teus olhos redondos, castanhos, fixos, eu com os meus a fugir porque fujo de ti e decidi que o meu refúgio seria o calvário, a vida que escolhi: a minha.

E chorei ás quatro da manhã deitada na minha cama acompanhada, e chorei sem parar silenciosamente, e sem parar pensei como isto seria possível, não sou nenhuma catraia cheguei a achar que seria castigo por ter desprezado todos os homens que alguma vez me amaram (coisa que eu sei nunca o teres feito), mas não acredito em redenções nem em castigos morais. Era tudo bom demais, os beijos, os sorrisos, tu e eu que nada temos em comum, absolutamente nada.
Fui a tua boneca a tua fonte de energia, e tu o meu porto seguro, fizeste-me sentir mulher e não mãe, filha, a empregada que lava a roupa e pôem a comida na mesa, a gueisha que abre as pernas quando lhe mandam, fizeste-me lembrar que ainda existia única, eu.

Tudo passa ainda que não seja já em Agosto, adoro-te até quando meu amor?
Tudo acabou. Só quero esquecer-te, larga-me de vez.

Friday, July 13, 2007

Desafio: As sete maravilhas pessoais

A Gasolina fez o desafio o qual eu nunca poderia recusar, as minhas sete maravilhas pessoais, espremidas porque são bem mais que sete aqui vão:

1º A Tommy o amor da minha vida.
2º A minha família eles sabem quem são.
3º Fazer amor (nada de fodas mas amor mesmo)
4º Música, canto qualquer merda com voz de cana rachada.
5º O Mar
6º Ler
7º O cheiro da terra molhada

Reconciliação



Ontem fizemos as pazes em nome da Santissima Trindade e da Sagrada Família, resumindo e concluindo, estava com os copos, subiu-me a libido e fiz de conta que não me lembrava de nada, se fosse um gajo não a conseguia levantar, mas como sou gaja e de tomates pretos tudo se arranja...

La vache qui rit



Hoje pela manhã e apenas para matar o tempo já mais morto que perdido resolvi ir ao Norteshopping. Andei na antiga Habitat que agora não sei o nome, no Gato Preto, aqui, ali e aonde quer que entrasse só ouvia falar Francês, e digo-vos os avec estão aí em força.
Por momentos pensei: Fodasse estou nos Champs Élysées? Na Torre Eiffel? Em Montmartre?
Não. Estou no Norte de Portugal em altura de férias é quase a mesma merda.

Thursday, July 12, 2007

A RECUSA

Recuso-me a escrever coisas bonitas, só me apetece merdas feias como a puta da vida, tipo cabrão vai para o caralho, vai-te foder, vai chatear o caralho.

A vida é feita de merdas feias e eu também, passo os dias a engolir sapos do caralhão, ninguém me entende acham-me demasiado técnica, e eu tento e tento, por vezes gaguejo quando começo a ficar fodida, e com cara de anjo dizem-me não percebi, o que quer dizer? E eu com um sorriso e eu para os meus botões fodasse puta que pariu, linguagem técnica? Eu que até comparo casinhas com servidores, mails com caixas de correio, flashes com filmes, linguagens com escritas, números com piças, querem mais? E depois vem com pezinhos de lã...ah...
Ah o caralho!

Estou cheia desta merda a partir de agora é o costume, escrita pura e dura acabaram-se as putas das paneleirices, não há pachorra.

PS: Perdoem-me as pessoas bonitas que aqui vem...

A debandada das férias

Tindersticks - City Sickness

Pequenos prazeres

Oito da noite eu já atrasada, o carro serpenteia pelas ruelas de paralelo entre verdes campos de milho, embraiagem, acelarador, um ou outro tractor a abanar a alfaia agrícola como a cauda de um dragão que teima em se atravessar á minha frente e fazer subir a adrenalina, 60, 70, que gozo me dão estes pequenos ralis.

Passei o dia com a Farinha, amiga de longos longos anos talvez 25. Basta um olhar e antecipamos o que a outra vai dizer, entre copos de vinho caseiro de Castelo Branco, dissemos coisas nunca antes ditas, recordamos os tempos da meninice, partilhamos as chatices do presente e falamos dos projectos do futuro.
Por vezes penso que somos almas gémeas, sofremos das mesmas inquietações, ansiedade e um desalento que se transforma em força daquela que nos faz lutar dia após dia ainda que por mais que o façamos parece nunca estarmos satisfeitas.
Falamos dos filhos e dos maridos, passamos para um vinho engarrafado Alentejano, falamos da vida e da luz que andamos incessantemente á procura, rimos como umas perdidas com assuntos mais mundanos.

Nada como a nossa alma gémea para saber o que vai dentro de nós.

Tuesday, July 10, 2007

Sem Título.

Parafraseando o meu amigo Rato de Almada, aqui não há agrafos.
Então vamos para a vaquice.

Câmara de Lisboa

Ontem estive a ver o debate dos candidatos à Câmara de Lisboa, puro entretenimento, uma comédia daquelas que ninguém melhor que os políticos nos sabe oferecer.

Agradeci por não ser a minha cidade e achei que o melhor de todos foi mesmo o realizador do programa que mostrava volta e meia aquele ecrãn gigante no meio de uma praça (que não sei o nome) a transmitir o programa para as moscas, aqui está de facto um bom exemplo de que o maralhal se está a marimbar para este tipo de merdas.

Cada um dos candidatos defendeu a sua dama (leia-se sede do poder) o melhor que pode, soluções para acabar com a derrapagem financeira nenhuma, promessas de extinção de empresas públicas que sabemos serem pura demagogia feita á maneira.
Resumindo e concluíndo nada de novo logo tudo velho.

Contudo uma coisa que não me sai da cabeça foi aqui à uma semana atrás ter visto o candidato do Pnr ( o qual mais uma vez não sei o nome) dizer que o problema de Lisboa eram os imigrantes e o lobby gay, ora pensa que pensa, pensa que pensa e pus-me mesmo a pensar: O Carmona e o Negrão tem um certo ar lascivo e nada gay, portanto lobby gay, fora com os monhés, hum não sei mesmo a quem se estaria a referir.....

Friday, July 6, 2007

Vanessa da Mata e Ben Harper - Boa Sorte / Good Luck

Como hoje o meu mar está sem ondas:




PS:Sobre o meu mar falar-vos-ei mais adiante.

Noite prolífica

Reunião de condominio. O Jorge não me deixou ir, diz que eu só armo barulho. Ohhhhhhhhhh que penaaaaaaaaaaaa!
Mas é isso mesmo arma barulho é o meu nome do meio, Jonas Savimbi, Johny, Jean arma barulho tudo menos Joninhas ou Joãozinha, esse é o meu lado meigo.

Fodasse e agora?

Aqui a Momento dos http://somomentos.blogspot.com/ lixou-me bem lol lol, eu uma rapariga púdica e recatada, tímida ( acreditem que é verdade) tenho de aceitar este desafio coisa que não perco, por isso aqui vai:

..Desafio Ousado...

.1.Indica dois sítios insólitos onde já mandaste uma queca, caso não tenhas tido essa ousadia, diz dois sítios onde gostarias de mandar.
Resposta: Não têm nada a ver com isso, não digo, não digo e pronto...

. 2.Três palavras ordinárias que utilizes frequentemente (antes, durante ou depois) do acto sexual.
Resposta: Só três? é que isto é um reportório sem fim, desde os lambe-me, passando pelos fode-me, ou dá-me toda, enfim todo o relambório de um filme Triple X.

.3. Quantas vezes tens sessões de sexo individual por semana?
Resposta: Não posso responder antes quantas vezes em grupo?

.4. Qual a posição que mais gostas durante o sexo?
Resposta: Depende do parceiro, rebolo consoante o homem que me fode (adoro que me fodam).

.5. Diz duas fantasias sexuais que já realizaste e duas que gostarias de realizar.
Resposta: Nem ás paredes confesso.

.6. Qual a maior mentira que já contaste para obter sexo?
Resposta: Tenho a coisa aos saltos em vez de: eu estou toda aos saltos.

.7. Qual a maior mentira que já contaste para não ter sexo?
Resposta: A do costume doi-me a cabeça... Qual?

.8. Depois de te fazerem o “oral” (broche ou minete), deixas que te beijem na boca ou tens nojo?
Resposta: Nojo? Alguém traduz esta para mim??? Eu bebo, saboreio, engulo, não tenho nojo.

.9. O que é que te “corta MESMO a tusa” durante o acto?
Resposta: Não faço ideia, sinceramente nada me cortou a tusa até ao momento.

Et Voilá está feito, já não me doi tanto!

Thursday, July 5, 2007

Aprovada a lei " anti-tabaco"

Com a nova lei avisa-se:
Proibido fumar nas salas de chat...
PS: O Estado vai perder imenso nos imposto que arrecada com o tabaco, puta que os pariu!

Wednesday, July 4, 2007

Saca Dor

Alguém conhece remédio para a dor?

Monday, July 2, 2007

Siouxsie - Peek-a-Boo

Where'd you get those peepers?
peepshow, creepshow
Where did you get those eyes?

Se as minhas mãos pudessem desfolhar

Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.

Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.

Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!

Garcia Lorca

que yo no tengo la culpa de verte caer

Hoje apetece-me isto:

Entre dos tierras
Heroes del silencio

What a fucking night!

Nesta minha recente incursão pelo negócio do turismo tenho conhecido gente de toda a parte do mundo, ora eles são Canadianos, Argentinos, Espanhois, Ingleses, ainda não sei muito bem porquê, nem como, mas vêm cá todos parar.
Para mim não é puro lucro, mas também aprendizagem, convivência e ainda para mais com gente que á partida está com disposição de quem está de férias ou seja bem. Nunca conheci ninguém mal-disposto.

A semana passada tive a oportunidade de convidar para jantar um casal Norte-Americano, ele director de um departamento de biotecnologia de uma Universidade Americana, a mulher Professora de Arte noutra Universidade e aprendi imenso, aprendi que afinal os Americanos não são tão egocêntricos quanto eu pensava, que trabalham 60 horas por semana e nunca estão com a família, vivem obcecados por coisas materiais, que a vida lá não é como vemos nos filmes, e que afinal só usam portáteis mac os artistas e os investigadores, pagam 50.000 dolares/ano para frequentar uma Universidade Pública, são bem-educados e com sede de conhecimento (estes pelo menos eram sem qualquer dúvida).

Trouxeram um vira-vento com a bandeira americana para a Tommy e ensinaram-na a apagar imagens no "laptop mac", sem gritos, em Inglês e com a calma que só bons professores sabem ter, a Tommy com os seus 4 anos e olhos arregalados lá fez tudo direitinho, ainda lhe barraram as tostas com paté para ela comer ao qual ela retorquia sempre com um generoso obrigado.

Disse-lhes que o jantar não era nada " fancy" e à quarta vez que o senhor P se serviu da minha pobre carne estufada vieram-lhe as lágrimas aos olhos e disse que lhe sabia à comida da mãe, uma madeirense que emigrou para os Estados Unidos em 1920.

Foi um sentimento estranho fazer-lhe recordar os sabores da sua infância a um homem dos seus longos 50 anos que estuda células estaminais e se comove com coisas tão simples.

No final despedimo-nos com a promessa de os irmos visitar, dei a receita á mulher.
Ele abraçou-me fortemente, longamente, enquanto eu corada dos pés à cabeça, de tal forma sem palavras, hirta, agradeci-lhes por esta noite magnífica.

Ainda sem tempo

Uma gaja está fora uns diazitos e unga: dois prémios.
Tenho que lá passar para os recolher.
Gracias ás meninas gasolina e momento.
Até Já.

Saturday, June 30, 2007

Já cá volto...

Não consegui passar o tasco, ninguém lhe pega, lol porque será do guaraná?
Volto já permitam-me o descanso sabático até Domingo.
Beijos para todos e para as minhas incansáveis amigas gasolina pô cadê a Momento hein?

Wednesday, June 27, 2007

This is the end!

Caros amigos, como na vida tudo tem um fim.
Ultimamente chateio-me a mim mesma com o meu discurso monocórdico, existem dias em que a minha própria voz me incomoda, não tenho vontade de escrever e acho que nada do que digo vale a pena, tipo marmota de rabo na boca ando em círculos contínuos, estou cansada e não vos quero entediar.
Decidi começar a ser a fadinha do lar que toda a gente espera, passar a ferro, lavar a louça, nada melhor que tarefas domésticas para agilizar o nosso cerebro, não acham?
Como não faço nada disso limito-me a ir para a cama ás nove e meia da noite, vira revira, vira revira e ocasionalmente adormeço antes da meia-noite o que é quase uma benção (sim sim o próximo passo é virar beata, ainda não tinha dito?).

Não sei porquê, ou até talvez o saiba, mas não vejo grandes horizontes nem bons pronúncios para a minha vida, a batalha está cada vez mais dificil e não existem forças, vontade, nada.

Por isso chega a vez de me despedir de vocês, de todos os que por aqui passaram e leram as minhas loucuras, tristezas, paleio de chacha, idiotices pegadas, ao tempo que não escrevo coisas boas...

Tipo defunto estas serão as minhas últimas palavras, de apreço e respeito sentido.
Até sempre,
Obrigado.

Friday, June 22, 2007

Quando não há palavras.

Como hoje não tenho nada para dizer aqui vai:

Estique la pice, estique la chourice, patati, patata, tás baril ou vais para o Brasil?
-Porreiro ou vais para o Barreiro?
-Ya cá se anda, monotomate.
-Ui a sério?
-Sim, aconatece.
-Tece? Ainda bem então faz esse.
- Nerybites, não tenho guito, morango, pichelim, bago, carreto.
- Então anda.
- Bute lá beber um vaso.
- Bute lá, bute lá....

Olha o Balão na noite de São João...

Amanhã mais uma vez, toda a noite de serviço a fazer sangria.
Umas curiosidades retiradas do site de turismo da Câmara Municipal do Porto:
As origens da festa

O Profano
A festa de S. João está ligada a tradições pagãs do solstício de Verão, com rituais ligados ao sol, água, plantas, fogo e orvalho e ao seu benefício no amor, saúde, felicidade e beleza.

O Sagrado
Santo da devoção das gentes do Porto, o S. João é festejado na rua, pelo menos desde o séc. XIV. É o Santo que baptizou Jesus Cristo, a sua imagem é venerada em várias igrejas da cidade e como festejo típico desta época é colocada no centro das cascatas.


O Fogo

As fogueiras de S. João
Ateadas na rua, por grupos de moradores que saltando por cima delas dão provas de coragem e recebem as suas virtudes purificadoras para a saúde, o casamento e a felicidade.

Os balões
Também relacionados com as manifestações ligadas ao fogo estão os tradicionais balões de S. João, feitos em papel e em cores variadas. Os balões são cuidadosamente lançados em direcção ao céu.

O fogo de artifício
Espectáculo sempre muito apreciado e contemplado pelas milhares de pessoas que aguardam pelas 00:00, enchendo as margens do rio Douro. Ligado às tradições pagãs e num tributo ao sol.

A água
Aqui encontramos também a origem pagã da festa, na crença dos benefícios da água e das orvalhadas desta noite, que é benta e tem o poder de curar doenças e dar beleza aos jovens, favorecendo o amor.
Já de madrugada o povo ruma em direcção à foz do rio Douro e os mais aventureiros e corajosos mergulham no mar para obter os benefícios da água purificadora para o resto do ano.


Ervas Aromáticas
O alho-porro
Também conhecido por alho de S. João, usado para “brindar" as pessoas com o seu odor durante a noite da festa e tocar na cabeça dos foliões, para dar boa sorte e fortuna.

O manjerico
É uma planta aromática, vendida em vasos, enfeitados por coloridas bandeirolas com versos alusivos ao Santo casamenteiro. De odor intenso e agradável deve tocar-se com a mão.


Cascata de S. João
Acredita-se ter origem relacionada com o presépio de Natal, uma vez que é erguida no solstício do Verão e o presépio no solstício de Inverno; por outro lado ambos retratarem cenas bíblicas. A figura central da cascata é S. João Baptista e a água é um dos elementos mais visíveis. Erguida em qualquer recanto destaca-se a da Avenida dos Aliados, como a mais majestosa.


Martelos
Tratam-se de uma tradição moderna e aparece como substituto do alho-porro. De plástico colorido e vários tamanhos, as pessoas "martelam" nas cabeças dos foliões durante toda a noite, sem que esse gesto incomode quem decide viver a festa.


Gastronomia
As sardinhas assadas com pimentos e broa e o caldo verde são o prato tradicional da noite de S. João. Para sobremesa, o bolo de S. João e pela noite dentro as populares farturas; os afamados vinhos portugueses devem acompanhar; há também quem opte pela sangria. No dia 24, serve-se o cabrito assado no forno.

Regata dos Barcos Rabelos
É uma corrida no rio Douro, entre as embarcações que em tempos desciam o rio com o Vinho do Porto, na qual participam os representantes das diversas caves. O vencedor é distinguido.


Bailes populares
As ruas enchem-se de pessoas que participam toda a noite nos numerosos bailes ao ar livre, num S. João de convívio, amizade e alegria.
Fontaínhas | Avenida dos Aliados | Bonfim | Campanhã | Cedofeita | Foz do Douro | Lordelo do Ouro | Massarelos | Miragaia | Nevogilde | Paranhos | Ramalde | S. Nicolau | Sé | Vitória

Thursday, June 21, 2007

O Clã!

Nada melhor ou pior que a nossa família ser um clã.
Melhor ainda é ser o membro mais novo do clã. Chateiam-me imenso, exigem, sempre atentos, antes de dar um pum toda a gente sente o cheiro, mas em dias como hoje em que me batem e me tentam pôr fora de casa sem o clã, eu e a Tommy estariamos perdidas, a mim ninguém me bate, os meus irmãos, carne da minha carne, amigos como ninguém, não deixam, ainda assim orgulhosamente consegui resolver tudo sozinha.

Nada mais ultrajante para uma mulher do que levar pancada.

Perdoem que não consigo parar de chorar, odeio violência, sou bem mais fraca do que ele ainda que resista com todas as forças que Deus me deu e lhe diga: Mete-te com gente do teu tamanho..., existe gente de uma maldade inmensurável.
Doi-me tudo, especialmente a alma.
Baza cabrão, baza.

Há dias assim II

Há dias assim, o mar sereno como poucas vezes costuma ser, querer, estar assim, sopa de letras difusas.
Eu, corpo desmembrado, pés na cabeça, braços ocultos, o chão triste que teima em fugir ante as minhas pernas, o porto já não passa mais, perdi a garganta algures mas ainda gritei:
- Fica, fica comigo, aquece-me, afaga o meu cabelo desordenado, o meu coração aberto, olha para os meus olhos, diz-me quem sou, quem és, se algum dia seremos um do outro.

Querer, não poder, pensar como se vivesse, como se fosses meu eternamente e te pudesse guardar no relicário, abrir-te só para mim, apenas só e sempre para mim, enclausurar-te.

Todas as palavras perdidas, derramadas, descontínuadas, todos os anjos, arcanjos, os demos, asas pretas, as vísceras e os salamaleques, todos os gestos em vão por demais usados, esquecidos.

A areia batida, enrolada, mal amada.

A vida prega-nos cada partida...

Apenas um lamiré

Como o tempo urge e o meu não estica, só para vos dar um beijinho e um momento de reflexão.
Aqui há uns dias atrás estava a ler uma entrevista do Pinto da Costa, sobre o apito dourado e a sua malfadada Carolina (nome seguramente artístico), cliquei na tradução automática do Google para Inglês e o resultado:

Roaster of the coast interview.

Lol adoro as traduções automáticas, lol.

Monday, June 18, 2007

Pura Ficção

Hoje surge a dúvida: de que te queixas caralho? Uma filha que é o amor da tua vida, um marido que gosta de ti e te sustenta, um amante que te enche as medidas e que te faz vir só de pensares nele, uma casa plantada á beira mar, trabalhas quando queres e te apetece, sim já sei que ultimamente não tens feito nada de jeito, ainda te queixas?
Lembra-te dos cabrões dos etíopes a passarem fome, tu parece-me não teres motivos para lamúrias.

Mamas empinadas e siga a marinha...

Sunday, June 17, 2007

Lust for life!

Ouvi agora isto do Iggy Pop e este lust for life não consigo desassociar do filme Trainspotting.
Choose fucking life!
Aqui vai um cheiro:

16:31 ninguém me cala.

Faz agora um ano de blog, ainda que com outro nome, para mim sempre o mesmo e tanta coisa já se passou, mimos, sucessos, tristezas e vicissitudes, amigos a ligarem-me: João estás bem? Sim estou canja laranja não se nota? como é dificil os nossos próprios amigos conhecerem as nossas entranhas....
Ele mandou-me o blog a baixo, outra puta insultou-me do piorio, um prémio.
Coisas que não se esquecem.
São 16:33 e hoje ninguém me cala.

Hermafrodita!

Não sei o que vos diga, a verdade verdadinha é que ultimamente não consigo vir aqui escrever. Pensamentos dúbios, vontades alheias, cansaço de mim, da minha alma eternamente só e triste, do que hei-de dizer.
A batalha não cessa e entre dizer fodasse e amo-te perdidamente não sei por onde decidir.

Estou cansada é um facto, mas pior do que o cansaço é o medo, sem saber do quê, de deixar-vos /me ficar mal, de não corresponder ao que todos esperam de mim, mais , mais, sugarem-me até ao tutano, e eu osso velho, devoluto, e eu farrapo, capacho sem saber o que mais possa ser, fazer, não consigo de forma alguma ser melhor, e já não o tento, soltou-se a bilis, verde da inveja, da maldade, da mediocridade.

É deixar a puta da bilis esvair-se, sangrar, esmorecer .
Ainda cá estou, escondida, à espera de dias mais azuis, com o cabrão do sol a sorrir para mim.
Saudades que eu tenho do riso do sol.

I can't get no sleep.

Esta merda de andar nas raves cansa como o caraças.
Ontem estive na ribeira e hoje mal podia me levantar da cama.
Para a Tommy foi a sua primeira rave party, quem me dera a mim que os meus velhotes me tivessem levado a uma com apenas 4 anos, mas em vez disso levaram-me a inúmeros comicios que era o que estava a dar no início dos anos 80.
Por isso é que fiquei assim, meia lélé de tanta propaganda partidária.

Mas voltando à Rave, boa onda bem melhor do que estava à espera e atenção, estava sóbria, nada de MDs, nem tripes no género, charros apenas o cheiro, o Jorge não me deixou pedir uns bafos aqui ou ali e garanto-vos que com aquele cheiro todo foi o mesmo que foder sem me vir.
Quanto à audiência o costume, 50% constítuida pela mais fina flor do entulho, meia dúzia de turistas espanhóis de meia idade e corta-vento sem saberem muito bem o que se passava, meia dúzia daqueles que encontramos em todo o lado, e os putos, a chavalada de 12, 13 anos.

E quanto a estes tenho uma palavra a dizer: fiquei surpreendida, primeiro por serem bem mais civilizados do que eu era com a idade deles, por não fumarem, nem beberem e nem foderem e assim que anunciaram o tiesto eu pôr-me aos saltos e aos gritos: bute lá tiesto, faz esse e essas merdas do género e a putalhada ter ficado toda a olhar para mim como se eu fosse uma perfeita anormal. Não é o que sou?
Dancei das 22 até à 1 da matina, bom som, bom jogo de luz, noite quente e hoje estou assim... fodida sem me poder mexer....
Quem me dera ter 13 anos.

Wednesday, June 13, 2007

Há dias assim

Há dias assim, cinzentos, reveladores até.
Saí para a rua com o passo compassado, gota sobre gota numa t-shirt mal amanhada, abri os braços para o céu, a boca escancarada como se te beijasse, senti a chuva quase purificadora, ri como nunca o tinha feito antes, girei em cima da areia húmida, reencontrei-me, achei que a vida valia a pena.
Acendi um cigarro molhado sob as nuvens e o vento sul pouco usual nestas bandas, jurei tudo o que sei não cumprir e sorri novamente com a felicidade daqueles que a querem e não encontram, coração mais ou menos abandalhado, segurei-o, a ti não te hei-de nunca deixar cair.

Há dias diferentes, há!

Em que é que ficamos?

Este fim-de-semana disse ao Jorge:
- Como é? Ou fodes ou deixas foder.
Ao que ele respondeu:
- Foder não sei quando, quanto a deixar foder nem pensar.
Eu disse-lhe:
-Então? Ou coisas ou sais de cima.
Ele disse:
- Que coisas? Saio de cima de quem?

Moral da história: Já fodemos e ele só saiu de cima para trocar de posição...

Estou cá uma artista do caraças, farsola como ninguém...

Feliz contemplada!



Não sei o que diga, há coisas para as quais uma gaja não está à espera... muito menos eu, mulher de palavras duras, dilacerantes, cortantes e por vezes, pentelho aqui e ali, pesarosas.


Recebo este prémio :

O cupido fonte de amor



Acho incrível esta nomeação à qual só me resta ficar eternamente grata, esta é a primeira vez, já me disseram coisas do género és boa rapariga ou tens um coração enorme, mas cupido fonte de amor sobe aos meus ouvidos como qualquer coisa a roçar o celestial.

Agradeço uma e todas as vezes que forem necessárias mais não consigo por isso não posso dizer.


Sunday, June 10, 2007

Passa o tempo devagar.

Fazem sete anos que morreste e ainda ontem estavas vivo.
Falaremos noutro dia como habitualmente o fazemos.
Hoje estou a carpir o luto.

Saturday, June 9, 2007

Sócrates, portáteis, adsl:

Esta merda não me sai da cabeça, é assim que se colmatam os grandes e graves erros na educação?
A Prológica e a JP Sá Couto agradecem, eu também o faria se fosse eles, com o mérito devido.

Proponho uma medida muito mais eficaz: quem passar de ano tem direito a playstation 3 á borla.

Que tal? Digam lá se não era vê-los encimar a tabela europeia de bom aproveitamento, hum?

Já deu...

Três músicas apenas, o tempo suficiente para lamber a televisão a pensar que o estava a lamber a ele..... hihihihihiihihihihihi... Nem deu para fumar um badejo dos pequeninos :(
Aqui vai um unplugged:

Friday, June 8, 2007

Fervorosamente á espera!

Dos Pearl Jam... Dá, não dá, Não desgrudo da sic radical, com aquele gajo era orgasmo garantido, uma voz daquelas ao ouvido ai ai ai...
Lol estou com o humor em alta.

Bom dia!

Estas foram as tuas palavras quando fizemos amor pela primeira vez: Bom dia!
Por incrível que pareça contigo não consigo foder, apenas fazer amor com todo o amor que tenho para dar.
Eu de olhos fechados, a tremer como canas verdes, pegaste nas minhas mãos e colocaste-as nos teus ombros, abri os olhos, bom dia era apenas: olha para mim, coisa que nunca mais consegui deixar de o fazer.

Ainda hoje olho para ti assim nos meus sonhos, se não fosse a distância dizes tu: rebentavamos com a nossa vida, digo eu: a minha vida está mais que rebentada.

Odeio-te com todas as forças que a paixão tem, entranhaste-te na minha pele, os cigarros molhados num quarto de hotel, as gargalhadas, as palavras sem nexo, o teu andar andarilho, balbuciares palavras incompreensíveis enquanto entras á minha frente nos restaurantes, adoro a tua pronúncia "mouro-beirã". Eu em tentativa de constante equilíbrio nos meus saltos altos sobre os passeios calcetados, tu a cantarolar de felicidade, eu sem poder deixar de sorrir.

Estares á minha espera em Santa Apolónia sem nunca te atrasares, olhares-me de cima abaixo, esconder-me atrás dos pilares porque não quero que me olhes, sou por demais desprezível.
Dois beijos na face: então estás bem? Levas-me o portátil se não te importas? Tens água no carro? Então estás bem?( outra vez...)
A vidinha do costume...
Quando há tanto para dizer bem menos abnóxio, bem mais sentido.
Dizer-te: despe-me já, beija-me, diz-me bom dia como só tu o sabes fazer e serei a mulher mais feliz à face da terra.

Thursday, June 7, 2007

O saco cheio de velhas novidades!

Meus amigos tenho tanta coisa para vos dizer, o verão está aí: knock knock; - É ele.

O Sócrates pensa que educação são portáteis e adsl ao preço da chuva, os juros não param de subir e pelos vistos o petróleo também não, o guito, morango, pichelim do meu bolso desce desce a olhos vistos.
A Madeleine não aparece, será que algum dia irá aparecer? Pobre criança...
O psicopata do GNR afirma nunca ter matado as criancinhas, o Fidel parece ainda estar vivo, assim como eu mais morta que viva mas ainda a espernear... o que eu tenho perdido, nunca mais olho para o cabrão do meu obeso umbigo...

Mad world dos R.E.M

All around me are familiar faces
Worn out places, worn out faces
Bright and early for their daily races
Going nowhere, going nowhere
And their tears are filling up their glasses
No expression, no expression
Hide my head
I want to drown my sorrow
No tomorrow, no tomorrow
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you'Cos I find it hard to take
When people run in circles It's a very, very
Mad World
Children waiting for the day they feel good
Happy Birthday, Happy Birthday
Made to feel the way that every child should
Sit and listen, sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me, no one knew me
Hello teacher tell me what's my lesson
Look right through me, look right through me...

Recuperação: As coisas que tu dizes

Hoje disseste-me que eras feliz ao meu lado. Estremeci, mas lembrei-me que os homens são todos um bando de putanheiros, respondi: Não sejas farsola.

Na verdade queria dizer: meu amor deita-te ao meu lado, e com as meiguices que só tu sabes fazer passemos a tarde embrulhados em lençois, uma perna em cima do outro, braços emaranhados sem dono, livres.

E dizes-me: estou preocupado contigo.
E eu penso: olha-me este a querer-me foder e respondo: Não te preocupes, venham eles.
Quando na realidade quero dizer: segura-me, protege-me estou mais frágil que nunca, não sei para que lado me hei-de virar, sonho todos os dias em ficar doente para alguém tratar de mim, do meu corpo, da minha alma, poder dizer de boca cheia esta sou eu, sou eu mesma, despojada de armadura, de espada.
Eu na minha mais triste e fraca essência, não valho absolutamente nada.

Sinto-me verdadeiramente cansada, mas ainda com forças suficientes para te esbofetear e dizer tu só me fodes, só me fodes.

Vive la resistence!

Após uma semana cheia de chatices, ressuscito, mascarada, com o nome da minha tia avó: Estrela da Liberdade!
Tudo o que posso, quero e direi sem censura sem comentários, sem interpretações maldosas.
Um pouco de paz não preciso de mais nada....