Como diria o meu irmão mais velho se ainda fosse vivo:
"Caga nisso e põem ao peito"
Friday, November 7, 2008
Wednesday, October 29, 2008
Até quando?
Perdem-se as entidades.
Eu, onde paro? Caminhos travessos, noites em branco, ontem o cão da vizinha não parava de uivar como se pressentisse a noite, como se me pressentisse a mim, estive tentada a acordar-te mas dormes sempre como se fosses um anjo, em vez do demónio que teima em me enfernizar a vida.
Quem sou eu? Despojada do meu ser, do meu corpo, da minha alma (se ainda a conservo) o cão não se cala nem ontem nem nunca, ele chora a minha mágoa.
Bom dia aos vizinhos com quem me cruzo, olham-me com olhos, alguns de pena, outros de incompreensão. Sou um bicho com o corpo desmembrado, cabeça nos pés, coração ao alto. Lá fora o mar (igual a mim), esse nunca o hei-de perder, vasto, sereno, arruaceiro, extremo, a maresia que me dá fôlego e tu, tu que usas e abusas.
Onde é que eu estou?
Quem sou eu?
A vida é um "fartote" de rir.
Eu, onde paro? Caminhos travessos, noites em branco, ontem o cão da vizinha não parava de uivar como se pressentisse a noite, como se me pressentisse a mim, estive tentada a acordar-te mas dormes sempre como se fosses um anjo, em vez do demónio que teima em me enfernizar a vida.
Quem sou eu? Despojada do meu ser, do meu corpo, da minha alma (se ainda a conservo) o cão não se cala nem ontem nem nunca, ele chora a minha mágoa.
Bom dia aos vizinhos com quem me cruzo, olham-me com olhos, alguns de pena, outros de incompreensão. Sou um bicho com o corpo desmembrado, cabeça nos pés, coração ao alto. Lá fora o mar (igual a mim), esse nunca o hei-de perder, vasto, sereno, arruaceiro, extremo, a maresia que me dá fôlego e tu, tu que usas e abusas.
Onde é que eu estou?
Quem sou eu?
A vida é um "fartote" de rir.
Friday, October 10, 2008
Sobre fodas
Falemos de fodas, sim de fodas. A foda no escuro já não faz sentido, parece que de um dia para o outro, num breve eclíptico piscar de olhos a foda tornou-se às claras.
Eu estou seca, sem mais nada para dizer, é difícil, não existe mais nada em mim que possa interessar ao ceguinho, oca, vazia, sem alma.
Estou a pensar sériamente em passar da foda no escuro para a foda da aldeia, sítio no qual me aprisionei para aí há 10 meses. Aqui sim, são só fodas, talvez seja o cheiro do feno, os palheiros, toda a gente fode com toda, eu mera espectadora, nunca gostei do campo e muito menos da bicharada. Promete pensar e repensar, mas quanto a mim, boca fechada, olhos cegos, eles que fodam mas que não me chateiem, a fonte secou... A Jonas já não existe é um mero fantasma deambulante.
Eu estou seca, sem mais nada para dizer, é difícil, não existe mais nada em mim que possa interessar ao ceguinho, oca, vazia, sem alma.
Estou a pensar sériamente em passar da foda no escuro para a foda da aldeia, sítio no qual me aprisionei para aí há 10 meses. Aqui sim, são só fodas, talvez seja o cheiro do feno, os palheiros, toda a gente fode com toda, eu mera espectadora, nunca gostei do campo e muito menos da bicharada. Promete pensar e repensar, mas quanto a mim, boca fechada, olhos cegos, eles que fodam mas que não me chateiem, a fonte secou... A Jonas já não existe é um mero fantasma deambulante.
Tuesday, October 7, 2008
De volta semi moribunda
Hoje meus caros regresso com a força de um paralítico, cambaleante mas com o coração à flor da boca conforme estão habituados, diferente sem dúvida, amarga, com medo das palavras, a alma desfragmentada mas ainda com conserto.
Cliché nº 1 : "estou à beira do abismo", o pé esquerdo lá, o direito e mais forte que me sustém cá, não vou cair nunca.
Cliché nº 2: " a luz ao fundo do túnel" Onde? Qual túnel, qual luz.
De mansinho, pé ante pé já consegui escrever alguma coisa, sem sumo, sem emoção, um dia de cada vez.
Amanhã reservo-vos coisas bem melhores às quais já vos habituei...
Cliché nº 1 : "estou à beira do abismo", o pé esquerdo lá, o direito e mais forte que me sustém cá, não vou cair nunca.
Cliché nº 2: " a luz ao fundo do túnel" Onde? Qual túnel, qual luz.
De mansinho, pé ante pé já consegui escrever alguma coisa, sem sumo, sem emoção, um dia de cada vez.
Amanhã reservo-vos coisas bem melhores às quais já vos habituei...
Monday, October 6, 2008
Pearl Jam Black
A tristeza total ele mandou-me isto, um jorro de lágrimas:
Sheets of empty canvas
Untouched sheets of clay
Were laid spread out before me
As her body once did
All five horizons
Revolved around her soul As the earth to the sun
Now the air I tasted and breathed Has taken a turn
Ooh and all I taught her was everything
Ooh I know she gave me all that she wore
And now my bitter hands Chafe beneath the clouds
Of what was everything
Oh the pictures have All been washed in black
Tattooed everything
I take a walk outside I'm surrounded by Some kids at play I can feel their laughter
So why do I sear
Oh, and twisted thoughts that spin Round my head
I'm spinning Oh, I'm spinning
How quick the sun can, drop away...
And now my bitter hands
Cradle broken glass Of what was everything
All the pictures had All been washed in black
Tattooed everything
All the love gone bad Turned my world to black
Tattooed all I see All that I am All I'll be...
I know someday you'll have a beautiful life
I know you'll be a sun In somebody else's sky
But why Why Why can't it be Why can't it be mine
we belong we belong together together
we belong we belong together
Sheets of empty canvas
Untouched sheets of clay
Were laid spread out before me
As her body once did
All five horizons
Revolved around her soul As the earth to the sun
Now the air I tasted and breathed Has taken a turn
Ooh and all I taught her was everything
Ooh I know she gave me all that she wore
And now my bitter hands Chafe beneath the clouds
Of what was everything
Oh the pictures have All been washed in black
Tattooed everything
I take a walk outside I'm surrounded by Some kids at play I can feel their laughter
So why do I sear
Oh, and twisted thoughts that spin Round my head
I'm spinning Oh, I'm spinning
How quick the sun can, drop away...
And now my bitter hands
Cradle broken glass Of what was everything
All the pictures had All been washed in black
Tattooed everything
All the love gone bad Turned my world to black
Tattooed all I see All that I am All I'll be...
I know someday you'll have a beautiful life
I know you'll be a sun In somebody else's sky
But why Why Why can't it be Why can't it be mine
we belong we belong together together
we belong we belong together
Friday, August 15, 2008
Coldplay/Anton Corbijn Viva La Vida
Voz embargada, sem palavras por isso meus caros, doces amigos, Viva la Puta da vida:
Tuesday, August 12, 2008
Monday, May 26, 2008
Tic Tac, the time is running
Hoje sem pressas.
Hoje com muitas. Com os bofes na boca...
Liguei-te duas vezes e atende-me uma senhora romena a dizer que o número não existe. É o teu, sei-o de cor e salteado. Dormes ou fodes, não fazes nenhuma das duas coisas comigo, também já não interessa, corremos caminhos apenas paralelos mas há muito separados. Preciso de uma carícia, de um afecto, de um segredar: " eu ajudo-te, eu estou aqui". Preciso de um mimo, de quem me afague os cabelos, um enrolar de pernas, preciso de alguém que me ame com a força de amar e que me leve a acreditar que tudo isto vale a pena.
A puta da vida, eu, tu, ao triste ponto que chegamos, até as palavras são difusas, esgotadas, já não há nada a dizer,sempre acreditei que sim, não passo de uma tola.
Já nem sei escrever.
PS: Saudades muitas de vocês todos.
Hoje com muitas. Com os bofes na boca...
Liguei-te duas vezes e atende-me uma senhora romena a dizer que o número não existe. É o teu, sei-o de cor e salteado. Dormes ou fodes, não fazes nenhuma das duas coisas comigo, também já não interessa, corremos caminhos apenas paralelos mas há muito separados. Preciso de uma carícia, de um afecto, de um segredar: " eu ajudo-te, eu estou aqui". Preciso de um mimo, de quem me afague os cabelos, um enrolar de pernas, preciso de alguém que me ame com a força de amar e que me leve a acreditar que tudo isto vale a pena.
A puta da vida, eu, tu, ao triste ponto que chegamos, até as palavras são difusas, esgotadas, já não há nada a dizer,sempre acreditei que sim, não passo de uma tola.
Já nem sei escrever.
PS: Saudades muitas de vocês todos.
Wednesday, March 26, 2008
Migalhas
«Não digas nada, dá-me só a mão. Palavra de honra que não é preciso dizer nada, a mão chega. Parece-te estranho que a mão chegue, não é, mas chega. Quantos são hoje? Nunca sei às que ando, confundo tudo, perco-me sempre, os dias, as horas, às vezes cumprimento pessoas que não conheço, há uma semana ou isso entrei num antiquário, sentei-me a uma mesa D. João V e quando a senhora da loja veio, de uns armários franceses ou lá o que era, pedi-lhe que me servisse um uísque. Uma senhora com mais pulseiras que tu e anéis caros, de maquilhagem a lutar com a idade e a perder. Ficou a olhar para mim de cara ao lado. Depois perguntou-me se eu estava bêbado e depois começou a medir a distância entre ela e a porta a fim de chamar por socorro. Numa das paredes paisagens emolduradas a talha, o retrato de uma viscondessa decotada, estampas de cavalos com legendas em francês. A viscondessa usava um anel no indicador rechonchudo e tinha cara de jantar bicos de rouxinol todos os dias, servindo-se dos talheres como se cada dedo fosse um mindinho, desses que a gente enrola para beber o café. A minha irmã, pelo menos, enrola. Eu sou mais para o género de o esticar, tipo antena. Educações. Tu não enrolas nem esticas, deixas a mão inerte na minha. Não te apetece apertar-me, não tens vontade de ser terna? Gostava que ma apertasses três vezes, depois eu apertava três vezes, depois tu apertavas quatro vezes, depois eu apertava-te quatro vezes e ficávamos que tempos assim, num morse de namorados. Fantasias. Desejos. Se calhar sou uma pessoa carente. Se calhar nem sequer sou carente, sou só parvo. Segundo a minha irmã sou só parvo. A propósito de tudo e de nada
- És tão parvo
e eu, mudo, a dar-lhe razão no fundo de mim, lembrando-me que na escola era um castigo com a Geografia, capitais e rios e países tudo misturado. Continuo a misturar. Não me peças, por exemplo, para mostrar a Noruega num mapa. E conheci em rapaz uma norueguesa na praia, a pôr creme nas costas de uma amiga. Passados os primeiros embaraços pôs-me a mim também. Espero que tivesse os mindinhos enrolados. Ofereci--me para lhe pôr a ela. Por gestos fez que não com a cabeça e o brinco esquerdo caiu. Acho que começou a ceder quando o procurámos ambos na areia, uma argola com coisinhas penduradas. O que me atrai nos brincos não é as mulheres terem-nos, é o momento em que os prendem na orelha, de queixo esticado e olhos vazios. A mesma expressão, aliás, ao procurarem as chaves na carteira. Parece que se ausentam. Depois voltam a estar ali ao rodarem a fechadura. Esfrego sempre os sapatos no capacho antes de entrar
(educações)
e avanço devagarinho pelo tapete quase persa fora à medida que lhes percebo uma expressão de
- Como é que me vejo livre deste?
a aumentar, a aumentar. Também é nisso que pensas, responde?
- Como é que me vejo livre deste?
e a tua mão cada vez mais pequena sobre a minha, o teu lábio inferior a cobrir o superior ou seja
- Para que me fui meter num sarilho?
as tuas pernas longe, o teu corpo longe, a tua bochecha longe a gritar em silêncio
- Deus queira que não me faça uma festa
os olhinhos a espiarem-me de banda, alerta, assustados, com receio de mim, eu que não faço mal a uma mosca, nasci pacífico, hei-de morrer pacífico e no intervalo entre o nascimento e a morte sou um paz de alma. Nem entendo a reacção da senhora do antiquário, se calhar neta da viscondessa do anel. Ou bisneta. Ou filha, que a maquilhagem, coitada, pouco conseguia. Deve haver dúzias de centenários por aí, refugiados atrás dos cremes, vacilando nos joelhos magros. Dentaduras postiças a dar com um pau, aparelhos para ouvir, lentes de contacto que se esforçam, se esforçam
- Não te vejo bem, rapaz
pobres misérias cuidadosamente ocultas. Ainda sou novo apesar da hérnia, devo ter mais uns tempitos à minha frente e o que farei com eles? Sento-me aqui, mendigo a tua mão ou aborreço-me sozinho? Não leio jornais, não me distraio com nada, aqueço um prato desses já feitos, lavo a loiça, volto ao sofá, derrotado. Ignoro quem me derrotou. Se calhar eu mesmo, se calhar a minha irmã, distantantíssima agora Tão parvo chegada dos limbos da infância com as suas sardas e a pupila torta que o doutor não curou. Na minha opinião a pupila torta não me achava tão parvo assim, compreendia-me. Há uma parte nos outros, defeituosa, frágil, que me compreende, se enternece comigo. Quantos são hoje? Não digas nada. Tanto faz. Um dia qualquer, não me ralo com isso: a minha vida feita de dias quaisquer a amontoarem-se uns sobre os outros, indistintos, moles, idênticos. A fotografia da minha mãe na estante, a censurar-me. De quê? Que mal fiz eu? Chamo-me João. Era para ser Arnaldo como o meu padrinho mas o meu pai insistiu no João.
De vez em quando sorria-me
- João
e ficava a repetir
- João
numa cisma contente. Dás-me licença que te beije? Não? Não te vás embora ainda, deixa-te estar. Apesar de tudo passámos um bocado agradável, não foi? A mim agradou-me. Gosto do teu cheiro. Se te apetecer voltar toca a campainha três vezes e carrego naquele botão que abre a porta da rua. E se me avisares com antecedência compro um bolo. Quando não estiveres cá e me sentir sozinho como as migalhas que sobrarem. Vou contar-te um segredo: há alturas em que as migalhas ajudam. »
António Lobo Antunes
Revista Visão de 10 de Março de 2008
- És tão parvo
e eu, mudo, a dar-lhe razão no fundo de mim, lembrando-me que na escola era um castigo com a Geografia, capitais e rios e países tudo misturado. Continuo a misturar. Não me peças, por exemplo, para mostrar a Noruega num mapa. E conheci em rapaz uma norueguesa na praia, a pôr creme nas costas de uma amiga. Passados os primeiros embaraços pôs-me a mim também. Espero que tivesse os mindinhos enrolados. Ofereci--me para lhe pôr a ela. Por gestos fez que não com a cabeça e o brinco esquerdo caiu. Acho que começou a ceder quando o procurámos ambos na areia, uma argola com coisinhas penduradas. O que me atrai nos brincos não é as mulheres terem-nos, é o momento em que os prendem na orelha, de queixo esticado e olhos vazios. A mesma expressão, aliás, ao procurarem as chaves na carteira. Parece que se ausentam. Depois voltam a estar ali ao rodarem a fechadura. Esfrego sempre os sapatos no capacho antes de entrar
(educações)
e avanço devagarinho pelo tapete quase persa fora à medida que lhes percebo uma expressão de
- Como é que me vejo livre deste?
a aumentar, a aumentar. Também é nisso que pensas, responde?
- Como é que me vejo livre deste?
e a tua mão cada vez mais pequena sobre a minha, o teu lábio inferior a cobrir o superior ou seja
- Para que me fui meter num sarilho?
as tuas pernas longe, o teu corpo longe, a tua bochecha longe a gritar em silêncio
- Deus queira que não me faça uma festa
os olhinhos a espiarem-me de banda, alerta, assustados, com receio de mim, eu que não faço mal a uma mosca, nasci pacífico, hei-de morrer pacífico e no intervalo entre o nascimento e a morte sou um paz de alma. Nem entendo a reacção da senhora do antiquário, se calhar neta da viscondessa do anel. Ou bisneta. Ou filha, que a maquilhagem, coitada, pouco conseguia. Deve haver dúzias de centenários por aí, refugiados atrás dos cremes, vacilando nos joelhos magros. Dentaduras postiças a dar com um pau, aparelhos para ouvir, lentes de contacto que se esforçam, se esforçam
- Não te vejo bem, rapaz
pobres misérias cuidadosamente ocultas. Ainda sou novo apesar da hérnia, devo ter mais uns tempitos à minha frente e o que farei com eles? Sento-me aqui, mendigo a tua mão ou aborreço-me sozinho? Não leio jornais, não me distraio com nada, aqueço um prato desses já feitos, lavo a loiça, volto ao sofá, derrotado. Ignoro quem me derrotou. Se calhar eu mesmo, se calhar a minha irmã, distantantíssima agora Tão parvo chegada dos limbos da infância com as suas sardas e a pupila torta que o doutor não curou. Na minha opinião a pupila torta não me achava tão parvo assim, compreendia-me. Há uma parte nos outros, defeituosa, frágil, que me compreende, se enternece comigo. Quantos são hoje? Não digas nada. Tanto faz. Um dia qualquer, não me ralo com isso: a minha vida feita de dias quaisquer a amontoarem-se uns sobre os outros, indistintos, moles, idênticos. A fotografia da minha mãe na estante, a censurar-me. De quê? Que mal fiz eu? Chamo-me João. Era para ser Arnaldo como o meu padrinho mas o meu pai insistiu no João.
De vez em quando sorria-me
- João
e ficava a repetir
- João
numa cisma contente. Dás-me licença que te beije? Não? Não te vás embora ainda, deixa-te estar. Apesar de tudo passámos um bocado agradável, não foi? A mim agradou-me. Gosto do teu cheiro. Se te apetecer voltar toca a campainha três vezes e carrego naquele botão que abre a porta da rua. E se me avisares com antecedência compro um bolo. Quando não estiveres cá e me sentir sozinho como as migalhas que sobrarem. Vou contar-te um segredo: há alturas em que as migalhas ajudam. »
António Lobo Antunes
Revista Visão de 10 de Março de 2008
Tuesday, March 11, 2008
Rapidinha
O cansaço! Ténue, obeso, oprimido, não querer nada porque a dor física não o deixa.
Sinto todos os músculos latentes, as veias bocejam estranhas, não tenho:pernas, não tenho pés nem cabeça .
Vocês subsistem como memórias antigas.
E quanto a ti nem uma foda, nem das boas nem das más ou antes das más algumas, daquelas vira para cá que eu fodo-te e como que na subserviência, no achar que te deva qualquer merda consinto tudo apesar de saber que não passas de um cabrão.
O outro( o meu amor, só e apenas meu, ainda que sabendo-o de todas) o desejo a esperança de saber nunca concretizada, um sonho.
É bom sonhar e continuamos a sonhar que alguma vez estaremos juntos.
E tu que não perdes a esperança e dizes: Tenho a convicção. E me enches com esses cabelos grisalhos, e mimos doces como só a meiguice o sabe ser.
Não me fodes, fazemos amor, ainda que poucas ainda que já nem me lembre, ok mentira lembro-me sim muito.
Já sei que não me és nada, nem eu a ti, desejo-te mais do que o devia, perdoa-me.
Beijos meus caros e minhas caras amanhã é outro dia.
Sinto todos os músculos latentes, as veias bocejam estranhas, não tenho:pernas, não tenho pés nem cabeça .
Vocês subsistem como memórias antigas.
E quanto a ti nem uma foda, nem das boas nem das más ou antes das más algumas, daquelas vira para cá que eu fodo-te e como que na subserviência, no achar que te deva qualquer merda consinto tudo apesar de saber que não passas de um cabrão.
O outro( o meu amor, só e apenas meu, ainda que sabendo-o de todas) o desejo a esperança de saber nunca concretizada, um sonho.
É bom sonhar e continuamos a sonhar que alguma vez estaremos juntos.
E tu que não perdes a esperança e dizes: Tenho a convicção. E me enches com esses cabelos grisalhos, e mimos doces como só a meiguice o sabe ser.
Não me fodes, fazemos amor, ainda que poucas ainda que já nem me lembre, ok mentira lembro-me sim muito.
Já sei que não me és nada, nem eu a ti, desejo-te mais do que o devia, perdoa-me.
Beijos meus caros e minhas caras amanhã é outro dia.
Saturday, February 2, 2008
Gente simples I
Sobre gente simples falar-vos-ei amanhã.
Gente tão simples que transporta as dores do mundo.
Apenas e agora um beijo carregado de cansaço e artrozes das velhas como eu.
Gente tão simples que transporta as dores do mundo.
Apenas e agora um beijo carregado de cansaço e artrozes das velhas como eu.
Sunday, January 27, 2008
E finalmente...
Já não tenho tempo.
Que se foda a net e saia mais uma dose de iscas de bacalhau, as conversas giram sobre a banalidade do tempo, do futebol, do relambório de doenças das senhoras de idade, dos velhos se babarem por umas pernas curtas e grossas, as minhas claro está, ou por umas mamas de 30 anos, as minhas evidentemente .
Perder oito quilos em 3 semanas, nada como comer uma sopa em 30 segundos e passar o dia em maratona entre balcão, mesas e cozinha, cortar os dedos com as facas devidamente certificadas pela ASAE, aprender o que é o HCCP (leia-se a cozinha virou laboratório).
Chatear os fornecedores por o pentelho de um cêntimo e ameaçar que não compro, puro sadismo. Pois também tenho de me divertir um bocado.
A Jonas virou tasqueira e por isso vos digo: Os clientes são como as putas vão uns e vem outros...
PS: Que saudades eu tenho dos meus tempos de infelicidade e de gente inteligente.
Que se foda a net e saia mais uma dose de iscas de bacalhau, as conversas giram sobre a banalidade do tempo, do futebol, do relambório de doenças das senhoras de idade, dos velhos se babarem por umas pernas curtas e grossas, as minhas claro está, ou por umas mamas de 30 anos, as minhas evidentemente .
Perder oito quilos em 3 semanas, nada como comer uma sopa em 30 segundos e passar o dia em maratona entre balcão, mesas e cozinha, cortar os dedos com as facas devidamente certificadas pela ASAE, aprender o que é o HCCP (leia-se a cozinha virou laboratório).
Chatear os fornecedores por o pentelho de um cêntimo e ameaçar que não compro, puro sadismo. Pois também tenho de me divertir um bocado.
A Jonas virou tasqueira e por isso vos digo: Os clientes são como as putas vão uns e vem outros...
PS: Que saudades eu tenho dos meus tempos de infelicidade e de gente inteligente.
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