Nesta minha recente incursão pelo negócio do turismo tenho conhecido gente de toda a parte do mundo, ora eles são Canadianos, Argentinos, Espanhois, Ingleses, ainda não sei muito bem porquê, nem como, mas vêm cá todos parar.
Para mim não é puro lucro, mas também aprendizagem, convivência e ainda para mais com gente que á partida está com disposição de quem está de férias ou seja bem. Nunca conheci ninguém mal-disposto.
A semana passada tive a oportunidade de convidar para jantar um casal Norte-Americano, ele director de um departamento de biotecnologia de uma Universidade Americana, a mulher Professora de Arte noutra Universidade e aprendi imenso, aprendi que afinal os Americanos não são tão egocêntricos quanto eu pensava, que trabalham 60 horas por semana e nunca estão com a família, vivem obcecados por coisas materiais, que a vida lá não é como vemos nos filmes, e que afinal só usam portáteis mac os artistas e os investigadores, pagam 50.000 dolares/ano para frequentar uma Universidade Pública, são bem-educados e com sede de conhecimento (estes pelo menos eram sem qualquer dúvida).
Trouxeram um vira-vento com a bandeira americana para a Tommy e ensinaram-na a apagar imagens no "laptop mac", sem gritos, em Inglês e com a calma que só bons professores sabem ter, a Tommy com os seus 4 anos e olhos arregalados lá fez tudo direitinho, ainda lhe barraram as tostas com paté para ela comer ao qual ela retorquia sempre com um generoso obrigado.
Disse-lhes que o jantar não era nada " fancy" e à quarta vez que o senhor P se serviu da minha pobre carne estufada vieram-lhe as lágrimas aos olhos e disse que lhe sabia à comida da mãe, uma madeirense que emigrou para os Estados Unidos em 1920.
Foi um sentimento estranho fazer-lhe recordar os sabores da sua infância a um homem dos seus longos 50 anos que estuda células estaminais e se comove com coisas tão simples.
No final despedimo-nos com a promessa de os irmos visitar, dei a receita á mulher.
Ele abraçou-me fortemente, longamente, enquanto eu corada dos pés à cabeça, de tal forma sem palavras, hirta, agradeci-lhes por esta noite magnífica.
4 comments:
Nós avaliamos os americanos por alguns gringos que nos visitam. São os "almeidas" lá do sítio que conseguiram juntar uns dólares para uma viagem à Europa e que vêm com o "rei na barriga". Eu estive há uns anitos, em afazeres profissionais, na América profunda (Kansas City - Missouri) e são umas pessoas adoráveis. Achei-os um bocadinho provincianos para uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes, mas adoráveis. Pena é os "aéreos" não darem para lá voltar.
Há gente boa e gente ruim em todo o canto do mundo.
DE qq forma há uma coisa generalizada na terra do tio Sam que eu não consigo engolir: o falso puritanismo.
Mas fico feliz por teres estado bem. E a T. igualmente.
Beijos!
Hum...
Uma noite diferente de facto...
Olha lá... fiquei com vontade de provar essa carne estufada( chléeeep)
Beijinho(*)
Lino,
Pois os aereos é que andam curtos em todo o lado,
Gasolina,
Sem dúvida gente boa e má em todo o lado.
Beijinhos.
Momentos,
Passa cá quando quiseres e jantamos, sabes onde fica Matosinhos?
Beijocas
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